São
os planos odontológicos realmente vilões? A resposta a essa pergunta vai
depender de muitos fatores. Do tipo de plano, da qualidade do profissional, das
remunerações dispensadas pelo plano. Quando penso em planos odontológicos
enquanto futura profissional, imagino pacientes e mais pacientes para atender e
uma remuneração baixíssima no final do mês. Quando penso enquanto cliente e
paciente, imagino os preços de tratamento acessíveis, porém com uma qualidade
de tratamento duvidosa. Há planos que contratam, à preços indignos, profissionais
que sequer terminaram a graduação, e que assim cometem o crime de exercício
ilegal da profissão. Nesse caso creio que podemos dizer que eles são vilões.
Mas para quem? Em primeiro lugar para os clientes, que são atraídos pelos
preços acessíveis e muitas vezes são submetidos a tratamentos de baixa
qualidade, tendo em vista a inexperiência e a insatisfação do profissional. Em
segundo lugar para o cirurgião dentista contratado, pois dá subsídio para a
infração do código de ética odontológico que no seu artigo 13 defende que “ O
CD deve evitar o aviltamento, ou submeter-se a tal situação, inclusive por
parte de convênios e credenciamentos...”. E em terceiro lugar para classe
odontológica como um todo, uma vez que com os preços de tratamentos tão baixos,
estabelecem concorrência desleal e a desvalorização da profissão.
Porém
não podemos generalizar, ainda há planos que oferecem um salário digno, que,
tendo em vista a necessidade e experiência do profissional, podem até ser
vantajosos. Participar ou não dos convênios e planos odontológicos vai depender
apenas de uma pessoa: do próprio CD. Ninguém vai obrigá-lo a participar de nada
e ele só será enganado se quiser ser.
É
importante antes de assinar qualquer contrato avaliar os prós e contras, as
vantagens e desvantagens daquilo que se está sendo oferecido, a própria
situação financeira e a necessidade daquele dinheiro, e assim tomar nossa
própria decisão.
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