Para entendermos o surgimento da doença periodontal é necessário compreender também como se desenvolve a resposta imunológica frente aos agentes causadores dessa doença.
A imunidade inata é a primeira linha de defesa do organismo, em
que os mecanismos efetores são ativados de forma rápida. A imunidade adquirida é uma resposta mais demorada, por isso mais específica, e pode ser celular e humoral. Essa imunidade confere uma memória imunológica
às células do seu sistema (linfócitos T e B) e permite a adaptação do corpo a
determinados microrganismos. Os linfócitos T são os efetores da resposta
mediada por células, enquanto que os anticorpos (imunoglobulinas) são os
responsáveis pela resposta humoral.
Nas DP, tanto a resposta inata quanto a
adaptativa dispõem de células de defesa que respondem à agressão tecidual. Na
imunidade inata, as seguintes células são importantes: células epiteliais; células
de Langerhans CD83+ da mucosa oral; macrófagos teciduais; neutrófilos; células
dendríticas da lâmina própria gengival ou periodontal, como células do
ligamento periodontal e células mesenquimais. No caso de uma exposição longa
aos patógenos periodontais, o sistema imune é ativado. Na imunidade celular,
ocorre a apresentação de antígenos, principalmente por células dendríticas, aos
linfócitos T CD4+. Esse mecanismo torna-se destrutivo aos tecidos periodontais,
pois os linfócitos ativados induzem à destruição do osso alveolar.
Na
imunidade humoral, existe a participação das imunoglobulinas. Verifica-se um
aumento na produção de imunoglobulinas da classe G (IgG), que está relacionado
com a presença de antígenos bacterianos.
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