A xerostomia é a sensação subjetiva
de boca seca; está frequentemente, mas nem sempre, associada à hipofunção da glândula
salivar. Inúmeros fatores podem estar envolvidos na patogênese da xerostomia
como: certos medicamentos, radioterapia, hemorragia, diarréia, vômito, doenças
sistêmicas, respiração bucal, entre outros.
O exame do paciente mostra
normalmente uma redução das secreções salivares, e a saliva residual aparece
tanto espumosa quanto espessa ou pegajosa.
A mucosa apresenta-se seca e a superfície da língua frequentemente
fissurada. Há um aumento na prevalência da candidose oral, devido à redução na
limpeza e atividade antimicrobiana fornecida pela saliva. Além disso, estes pacientes estão mais
propensos à cárie dental, especialmente cáries cervicais e radiculares.
O tratamento é difícil e muitas vezes
insatisfatório. Estão disponíveis salivas artificiais que podem ajudar a trazer
mais conforto para o paciente, assim como o uso de contínuos goles de água
durante o dia. Pode-se utilizar também balas sem açúcar para estimular a salivação.
Devido ao potencial aumento de risco
de cáries dentárias em paciente com xerostomia, recomendam-se frequentes
visitas ao dentista. As aplicações de fluoreto no consultório e diariamente em
casa podem ser usadas para prevenir as cáries, e os bochechos com clorexidina
minimizam a formação de placa.
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